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sábado, outubro 30, 2004


A Origem do Amor


Pela primeira vez, desde que este blogue abriu portas, decidi reflectir um pouco sobre o seu título. Qual será, afinal, a Origem do Amor?
Será a mãe e o pai? Será por esses dois indivíduos que após unirem e misturarem os seus códigos biológicos deram origem ao ser que somos? E porque razão os amamos? Que processo acontece no nosso cérebro que nos transporta a tal emoção? Sabemos que quando choramos, eles nos embalam, que nos protegem, nos alimentam, afastam até os monstros que vivem atrás do armário. Será o amor dos filhos para os pais um processo instintivo de agradecimento. Será algo inexplicável ou apenas uma reacção automática como a do cão de Pavlov? Por outras palavras, amar é um processo apenas restrito aos seres inteligentes e racionais, ou qualquer ser irracional pode ele também amar? Não falo do simples gostar, falo do amar. Desse sentimento que não conseguimos explicar mas sabemos sentir. Dizemos amar a pessoa que está ao nosso lado, mas porque razão o fazemos? Saberemos nós descobrir a origem do amor? A barreira entre o conhecer alguém e depois saber que se ama essa pessoa em questão? Até o contrário poderá conduzir, se não a respostas, pelo menos, a alguma conclusão. Parar de amar, talvez seja uma experiência mais esclarecedora, embora eu não o tenha experimentado. Até hoje, o amor, foi sempre uma presença constante na minha vida, algo natural, algo inquestionável. Mas aos poucos tudo isso está a mudar, e daí a minha vontade de reflectir sobre o assunto. Pela primeira vez este blogue segue a premissa do título e pede ajuda a todos os que por aqui passam. Quem sabe onde iremos chegar?





segunda-feira, outubro 11, 2004


just a kiss? (nova rubrica)


Um beijo nunca é apenas um beijo. O ser humano gosta de categorizar os tipos de beijos: de olhos bem fechados; apaixonados; fugidios; franceses. Mil? Dois mil? Perde-se a conta quando se tenta contar. Quem descobre um que seja igual que se levante, ou cale-se para sempre. São todos tão diferentes, tão únicos. Acreditar que um beijo é apenas um beijo é acreditar numa ilusão.

Este blogue, acredita que um beijo é mais que um beijo. Mesmo assim, este blogue é sobre a ilusão. Uma ilusão que também é uma paixão. É fazer amor no interior de uma sala escura. É copular com imagens e sons. É dar à luz o resultado dessa união inquietante. Esta rubrica é sobre cinema.






elas+eles (nova rubrica)


Na iniciação escrevemos sobre nós. Entramos timidamente no mundo da escrita e logo o nosso ego se torna o assunto central. Fingimo-nos interessados em tudo o que nos rodeia, mas a verdade é que tudo roda em torno de nós. Algures, num dia incerto, deixa de fazer sentido. Talvez porque as pazes estão feitas, porque a curiosidade desaparece. Não nos livramos do eu, simplesmente caminhamos mais despreocupados. É então que passamos a olhar os outros. É então que descobrimos como são fascinantes, os outros. Elas e eles. Do mais simples à mais complexa. Irritantes, apaixonantes, entediantes, cativantes. Há de tudo, entre elas e eles. Principalmente, há algo que nos fascina. Esta rubrica é sobre o fascínio.





sexta-feira, outubro 08, 2004


Sobre rotundas e painéis publicitários


Falavam, usando o correio.
Comunicavam, usando os comentários.
Pediam o regresso, esperavam pacientemente o recomeçar da jornada pensante e dizente.
Também eu esperei, também eu enviei mensagens a mim próprio. Não usei correio, não usei comentários. Sem abrir a boca, falei para dentro. Usei sinapses, percorri caminhos “nervosos”, empreendendo em vão a jornada de quem procura entender.

A história que aqui vos conto, principiou num solarengo verão do ano dois mil e três. Assustado e inseguro (ao mesmo tempo fascinado) segui este caminho. Cruzei-me com outros (humanos), encontrei outros (tantos), descobrindo novas formas, novos conteúdos, originais (da originalidade de quem não sabe o que faz) maneiras de dizer, reclamar (sem nunca proclamar), comunicar. Descobri soluções que me encaminharam a novos e excitantes problemas, mas também a confusas questões: continuar, mudar, manter ... e finalmente: voltar?

Desviei-me da origem, percorrendo novos trajectos. Dois novos trajectos que se queriam diferentes e demarcados do passado. Nova descoberta: acabava de entrar numa grande rotunda onde a única entrada e saída, existentes, conduziam novamente à “origem”. Baralhado, encostei ao passeio, desliguei o motor, e ali fiquei, pensativo a olhar um daqueles painéis publicitários com televisão. Caminhei até junto do painel. Encostei a cara ao monitor. As imagens separaram-se e tudo passou a ser formado por três pontos de cor. Apercebi-me qu,e ao afastar-me, os pontos se juntavam para se tornarem um só. Embora diferentes, os pontos tinham como destino inevitável juntarem-se. Abandonei o carro, o painel publicitário, as conclusões, e limitei-me a partir com a finalidade de não voltar a pensar nestes assuntos.

Não mais me lembrei. Porém, amigas, amigos, outros tantos viam o carro parado. Reconheciam a cor, as pequenas mossas, os ângulos vistosos e, embora gasto, acharam que o carro ainda era belo. Pediram-me que o fosse buscar. Recusei. Pediram. Recusei.
Esqueci.
Esqueceram.
Esqueci, até um dia. E como se escreve nas histórias: um dia igual a tantos outros. Sim, num desses dias (das histórias) resolvi aceder.

A partir de hoje, abandono a rotunda, mas levo comigo tudo o que apreendi nas voltas que por lá dei. Contarei (repetirei) as histórias da rotunda para muitos desconhecidas que assim se misturam com as palavras e letras que a mim e outros habituei.

A Terra é redonda. Até aí estamos de acordo. Logo, qualquer viagem que empreendemos termina, mais tarde ou mais cedo, no ponto de partida. Neste caso, n’A Origem.

Bem-vindos, mais uma vez.








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