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domingo, dezembro 05, 2004


Natal, o que é?, 1


O Pai Natal, Parte 1
O senhor risonho das barbas brancas é talvez o nosso primeiro contacto com o conceito de um mito. Sabemos que as crianças vivem o momento, não pensando no futuro, ou no passado, e por isso só em Dezembro voltam a lembrar-se da misteriosa existência do Pai Natal. As visitas à cozinha passam a estar marcadas por olhares desconfiados em direcção à chaminé; a pequena representação é retirada do topo da árvore e ficam a olhar para ele; e na última noite é vê-los de pijama, cotovelos no parapeito, olhando o céu e embaciando os vidros com a respiração. Nenhuma criança aguenta uma directa, e esta a explicação para a força do mito do Pai Natal. Daí que as mães e os pais, inteligentes, entregam os presentes na manhã do dia 25. O Pai Natal esteve em casa, e para o ano vai voltar, até aquele dia em que o Pai Natal não volta, porque não existe, mas entretanto a mítica encheu a imaginação e ficará para sempre como o adorável senhor bonacheirão.

A figura “real” que poderá ter originado a invenção do Pai Natal é São Nicolau de Mira, que viveu no século IV em Anatólia (actual Turquia) cuja reputação de caridade (só não é grande entre os cristão ortodoxos) deu origem a lendas que contam os milagres feitos em favor dos pobres e infelizes (numa das lendas o santo livrou as três filhas, de um homem pobre, da prostituição atirando um saco de ouro pela janela). Na idade média, a devoção a Nicolau estendeu-se a todas as partes da Europa. Tornou-se o santo padroeiro da Rússia e da Grécia; Milhares de igrejas Europeias foram dedicadas ao seu nome; representava o santo das crianças; marinheiros; solteiras; mercadores, etc. Os milagres de São Nicolau eram um dos tema favoritos para os artistas medievais .
Após a reforma protestante, o culto a São Nicolau desapareceu em todos os países protestantes excepto na Holanda, onde a sua lenda persistiu (Sinterklaas, uma variação holandesa do nome do santo). Os colonizadores holandeses levaram consigo esta lenda até Nova Amesterdão (agora New York City) no século XVII. O nome Sinterklaas foi adaptado para o Inglês (a língua mais falada no território colonizado) tornando-se Santa Claus, enquanto que a sua lenda acabou por se fundir com contos tradicionais dos países nórdicos Europeus onde um mágico punia as crianças más e recompensava as crianças boas.

Actualmente a nossa visão e representação do Pai Natal está mais ligada a um conjunto de três eventos ocorridos a partir de 1800 do que à lenda de São Nicolau: Um poema de Clement C. Moore (1823), um conjunto de ilustrações de Thomas Nast para a Harper’s Weekly (1863), e uma campanha da Coca-Cola (1931-1964). De São Nicolau apenas resta a noção de alguém bondoso que vestia um fato vermelho e branco (as vestes tradicionais dos bispos da época). Mas essa história fica para mais tarde. Agora é chegada a hora do deitar.

(A seguir: O Pai Natal, Parte 2)

[update]: Neste site podem encontrar vários livros sobre São Nicolau.








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