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sexta-feira, maio 21, 2004


O fim de um ciclo


Ter um blog é como regressar à escola. É uma formação, uma aprendizagem, um ciclo da vida. Durante os últimos dez meses entreguei-me a estas aulas sobre mim, que eu próprio leccionava, e aprendi a olhar-me de fora, a entender a minha forma de pensar, as necessidades do meu ego, as lutas interiores, os prazeres, as frustrações, e os objectivos. Fui lendo os outros e com eles também aprendi, com os que ensinam, com os que já estudaram, com aqueles que também ainda aprendem. Fiz o exame, e acho que passei. Agora chegou a altura de passar para o novo ano lectivo.

Existem alunos repetentes, existe quem permaneça anos seguidos na mesma cadeira. São alunos parados no tempo, talvez por prazer, talvez por incapacidade. Por prazer significa gostar de permanecer num só tema, num só local, num só ciclo de uma vida. Por incapacidade significa não saber dar o próximo passo. Chegou a altura de eu dar o próximo passo, agora que sei que será firme e sentido, sem dúvidas, sem hesitações, sem medos, e principalmente sem restrições. Porque “procuramos constantemente um equilíbrio interior e uma harmonia com o mundo que nos rodeia”. Porque “por vezes surge um vulcão dentro de nós”. Porque “então impomos restrições a nós próprios para que este desvio seja compensado”. Cheguei ao ponto em que não quero compensar, em que vou deixar o vulcão largar toda a sua lava. Cheguei ao ponto de não colocar restrições a mim próprio. Porque com o blog, aprendi a ser livre, aprendi a vencer medos.

Um blog é também um espaço de teste. Mas um espaço malvado, porque as palavras perdem-se nos arquivos, e porque os pensamentos que poderiam ir mais longe param no ponto em que colocamos o post. É tempo de olhar para todos esses posts e perceber para onde querem ir, no que se podem tornar. É tempo de evoluir, é tempo de dar o próximo passo, é tempo de usar o que aprendi.

Não há lágrimas, porque não há tristeza, porque não há uma despedida, mas sim um até breve noutro local, seja ele qual for. Porque existem patamares que quando atingidos não deixam subir mais, e a permanência nos mesmos significa uma queda a pique. A vida são milhares de escadas cada uma conduzindo a um topo. Quando lá chegamos é altura de sentar, e olhar os degraus percorridos, entender onde tropeçámos mas também onde subimos dez de cada vez. Ao nosso lado está então uma nova escada. Saltamos para ela e continuamos a caminhar. Chegou o momento de saltar para a nova escada.

Agradecer é inevitável porque nunca caminhamos sozinhos. Muito, mas mesmo muito obrigado a todas e todos os que de alguma forma fui encontrando nesta viagem. A viagem foi sempre para mim, mas foi bom ver-vos também. Pelas palavras, pelos comentários, pelas picardias, pelas leituras. Muito, muito obrigado. A todas. A todos. E em especial para aquelas e aqueles que me levaram a querer continuar a jornada, essas e esses cujas próprias jornadas serviram de inspiração: Ana, Francisco, Carla, Alberto, Nuno, Borges, Joel, Pedro, e aos marinheiros. Continuarei a seguir os vossos passos de perto, mas está na altura de dar o meu próprio passo em frente.

Até à próxima.

Foi, sinceramente, um prazer.

As últimas palavras vão para a Sandra Nogueira, a minha maior fonte de força, vontade, e entusiasmo:

Amo-te.






São Pedro, é favor deixar-me suar


O tema musical da próxima semana (coluna direita) arranca hoje. E uma vez que as nuvens resolveram pintar a cidade de cinza ameaçando uma vida que se quer quente e suada, aceleramos a fundo em tons de amarelo.
And 5, 6, 7, and 8’s.






Piper Perabo


Favor prestar-lhe muita, muita atenção.






quinta-feira, maio 20, 2004


Eu tenho dois amores


Enrolar os braços em volta da mulher que amo. Este é o momento que mais me fascina todos os dias. O primeiro se me pedissem para escolher o momento favorito. O segundo? Sentar-me numa sala de cinema vazia. Sou um pessoa social que gosta de se dar, abraçar, rir, e tocar, mas no cinema gosto da solidão. Não gosto de ouvir quem explica o filme a quem está ao lado, não gosto das pessoas que se riem onde não tenho vontade de rir, não gosto de quem abandona a sala quando eu nem pestanejar os olhos consigo. As sessões da meia-noite nas Twin Towers durante a semana são o meu habitat preferido. Somos nós e o filme.

Eu não gosto de cinema, eu amo cinema. E quem ama, entrega-se no primeiro segundo. Quando, ainda sobre negro, soam os primeiros acordes da banda sonora, eu já faço amor com o filme, já estou dentro dele. Ficamos os dois naquele longo abraço que pode durar duas, três, ou quatro horas. Fico a ver as letras que me escreve no final, e vejo-o partir quando as luzes se acendem e me deparo no local estranho que é a sala com as luzes acesas. Introduzo o cartão na máquina, desço no elevador, ligo o motor, regresso a uma Lisboa vazia, e não digo uma única palavra. Por vezes ainda nem sei o que acabei de ver, se vou amar, ou odiar. Mas sei que lá voltarei, vezes sem conta.






A sua mensagem não foi entregue


Antes dos comentários existirem, os poucos que por aqui passavam escreviam. Trocava-se cartas, e-mails tornaram-se conversas. Desde que activei este sistema as pessoas deixaram de escrever. Nos últimos 15 dias recebi duas “cartas”. Das duas uma: ou os comentários têm de saltar fora, ou então o que eu para aqui ando a escrever está a piorar. Resta-me o consolo de muitas pessoas amigas que acham que devia ter um pénis maior ou ajudar ditadores no exílio.





terça-feira, maio 18, 2004


Meu caro Manuel,

E a resposta, o que acha que é?





segunda-feira, maio 17, 2004


Agora estou assumidamente a dar música


Os blogs estão a mudar a cara um após o outro. Ela é vestidos à Kill Bill, ele é fotografias, ele é mais uma vez chocolate. Mas a mudança não é apenas esta. Agora os blogs tocam e cantam. É passear por aí, ouvir os sons que escolhem, ler com banda sonora a acompanhar. Eu, obviamente, não quero ficar para trás, e este blog passa também a dar música. É na coluna da direita, uma música por semana. Uma vez que tenho tendência para largar as iniciativas, quando deixam de ser novidade, achei que a música desta semana era a escolha mais apropriada.






Berço de ouro


O meu cão está a dormir profundamente aos meus pés. Acabou de abanar um pouco a cauda. Irra, até a sonhar tem a vida facilitada!






Humano é errar


Como a escrita é para mim um gozo, e não uma vocação, é frequente o erro na construção de frases. Estive para escrever sentences. Soa-me bem, é posh. Agora que já encontrei uma forma de aqui colocar duas palavras que andavam na cabeça, o post continua. A escrita, dizia eu. Quantas vezes, não releio o que acabo de postar (postarior a escrever) e observo que a frase está com uma vírgula, ou uma palavra trocada. A ordem em que coloco as coisas (não arranjei palavra melhor) sai muitas vezes trocada e muda por completo o significado da frase. O truque é deixar ficar como está. Assim (atenção que eu escrevi apenas assim, e não: é assim), podem-nos acusar de escrever mal, mas não podem nunca acusar-nos de hipocrisia. Clico com o botão direito do rato na última palavra da frase anterior: falsidade, sonsice, fingimento, dissimulação, doblez, refolho, impostura, diz-me o computador. Mas vai ficar hipocrisia. Quem quero eu enganar?






Curiosidades


Ora digam lá que a blogosfera não é um local interessante. Já disseram? Onde, em que outro local, mundo, meio, forma, material, podemos nós dar parabéns a um pequeno ponto preto, ou a uma pequena mancha negra? Não, não é o arqui-inimigo do Mickey nem o algodão, que não engana, é para aqui chamado. É um blogue. Ide aqui.





domingo, maio 16, 2004


O ópio do povo


Gostei de ver o meu clube quebrar um jejum de títulos. Mas não vou para a rua festejar.
No dia em que observar os portugueses empenhados em levar o seu país para a frente, utilizando o seu próprio suor, sem usar como desculpa o árbitro ou o governo, sem se deixar levar pela demagogia fácil de partidos políticos ou canais de televisão, sem D.Sebastião, sem anti-americanismo, sem apontar o dedo a franceses, países de leste, brasileiros, e espanhóis. No dia em que os portugueses acordarem em massa, e perceberem que há um caminho para a frente, que é necessário evoluir pessoalmente, que precisamos pensar por nós próprios. No dia em que o português deixar de se levar pela opinião fácil, pela preguiça, pela azia. Nesse dia vou para a rua, e vou gritar até os meus pulmões não aguentarem mais.





sábado, maio 15, 2004


Stand-Up Tragedy in Torres



EU VOU.






Kill Bill


Quando reunidas as condições certas, componha o caro leitor mui clarificador teste: 1) aproxime-se de um animal que dorme no canto de um sofá, na borda de uma cama; 2) Não permita ao animal em sono profundo aperceber-se da sua presença; 3) Empurre o animal em questão de forma a que caia no chão; 4) Observe a reacção.

Se seguir correcta e metodicamente todos os passos acima descritos, o leitor chegará à seguinte conclusão: o animal reage no primeiro milésimo de segundo em que se encontra no ar e, logo nesse momento, prepara a abordagem ao solo. O animal não pensa. Reage.

Empreenda o mesmo teste com um humano e o resultado será radicalmente oposto. O humano também se apercebe de algo errado no primeiro milionésimo de segundo em que se encontra no ar. No entanto, não reage. O humano pensa. E no que pensa o humano? Porque cai o humano? Porque, na realidade, o humano não pode estar a cair.

Somos pessoas seguras mesmo quando pensamos o contrário. Não, a caminhar no passeio não vamos cair. Não, o pneu não rebenta. Não, a água em brasa não nos cai em cima. Não, não caímos da cama quando, seguros, dormimos. Por isso não evitamos o acidente. Alguns milionésimos de segundo em que o nosso ego nos prega uma partida, quando não, isto não acontece. Quando largamos o nosso ego, quando descemos ao patamar do animal, do instinto, então reagimos. Esse momento é, frequentemente, a queda.

Peguemos no caso de Budd. Uma black mamba no centro de um milhão de dólares. A “encarnação do diabo” camuflada entre todos os sonhos do ser humano. Isto não é possível pensou ele. Não reagiu, e a serpente mordeu. Um animal teria fugido ou atacado no primeiro milionésimo de segundo, que é para ele igual a todos os outros mas que, para nós, os humanos, é a surpresa do inesperado.

O inesperado então existe? Não. O inesperado é apenas uma situação perfeitamente normal quando acontece. É tão anormal como bebermos um copo, encontrar um amigo, lavar os dentes, ou acordar. A única diferença é que é a única altura em que não devíamos apenas pensar em nós. Enquanto escrevo estas linhas, fico cada vez mais confuso a cada nova letra que teclo. Ao meu lado, o meu cão dorme profundamente, e nem sabe porquê.





sexta-feira, maio 14, 2004


Para ver se me passa a neura


Abri o jornal procurando uma cura:

Professor Mogambo

hummm .... não.

Ganhe muito dinheiro

Também não me parece.


Kill Bill, Vol.2 - 24:00h - TwinTowers

Deve resultar.






Está bem, pronto


Que me desculpe o Nuno Costa Santos, mas sou o último melodramático à face da terra.





quinta-feira, maio 13, 2004


Nevoeiro na estrada


É um facto assumido: este blog avança actualmente com um ritmo lento. Não venho aqui alegar trabalho a mais que não permite uma actualização diária. Este post não é um pedido de desculpas aos leitores. Este post é mais um teste, porque todos são testes. Coloco aqui as minhas palavras, quase sempre por instinto. Aqui, testo-me a mim próprio, e volto mais tarde. Vejo-me um dia, uma semana, um mês atrás. Vejo-me diferente, vejo-me igual, discordo de mim, reparo que um pensamento cresceu em sentido positivo. Actualmente, não tenho conseguido testar-me. Não encontro aquilo que necessita de ser colocado à prova, não dos outros, da minha própria cabeça. Resumindo, este blog está novamente à procura de um caminho, do próximo passo, do novo tubo de ensaio. Quando chegará? Só o próprio blog sabe. Entretanto, andamos em passo lento.





quarta-feira, maio 12, 2004


Um ano a aturar esta malta


Andei distraído em mares e estradas que não são os habituais. Voltando a casa recupero o tempo perdido e dou os devidos parabéns aos blogues veteranos, Mar Salgado e Ford Mustang.






Ambientes equecidos


Cada vez mais me aborrece o look clean e anti-séptico dos espaços ditos “modernos”. O berrante e plástico dos espaços jovens. O vidro fosco em tons pastel, os cromados, as linhas que curvam perfeitas, o espaço vazio e impessoal, as cores que ferem a vista, as cadeiras que tentam passar despercebidas. Tenho saudades da pedra, da madeira, do tecido, do toque, do cheiro e do tacto. Por vezes apetece-me apenas sentar numa superfície feia, tosca, e irregular, onde coloco as mãos e sinto o musgo fresco nos dedos. Quando saio de casa, quando passeio o cão, passo por um muro. Foi pintado com um grande graffiti colorido. Nem aquela pedra escapou.





segunda-feira, maio 10, 2004


Apagar s.f.f.


Uns tempos atrás, alguém se lembrou de colocar um post que originou comentários bem interessantes. O dito texto perguntava aos leitores qual a origem do nome associado ao seu blogue. Foi com prazer que fui lendo as razões, todas diferentes, algumas bem interessantes. A adesão foi enorme, e o criador desse blogue resolveu que deviam estar indexadas. Criou então um novo blogue intitulado Blogopédia que funciona como uma enciclopédia de blogues, e onde podemos consultar a origem de cada um, relatada pelos próprios autores. A ideia parecia interessante. Estava guardado na forja um post sobre esse site não só para divulgar o mesmo, mas também para propor mudanças que permitissem indexar as entradas.

Foi então que, para minha surpresa, esse blogue resolve lançar um ultimato. A partir de 15 de Maio todos os blogues referidos no mesmo e que não o tenham linkado serão eliminados. O autor alega que a construção do mesmo é trabalhosa e que não vê reconhecida essa tarefa por parte dos blogues listados. Ora, quanto ao trabalho, eu duvido. Um blogue é criado em 5 minutos e, fazer copy paste das entradas de uma caixa de comentários não é tarefa muito árdua. Trabalhoso seria indexar todas as entradas, por forma a incluir um sistema de pesquisa onde fosse possível procurar o blogue que nos interessa. Com ou sem trabalho, a blogosfera foi desde um início um prazer, ou uma vontade, para os seus autores. Nunca se pediu nada em troca a não ser, quem sabe, a paciência dos nossos leitores.

Por esta razão, e embora esteja neste momento a referir o dito blogue, venho pedir que a minha entrada seja apagada do mesmo. Para mim, desde o início, a blogosfera foi um local de partilha. Não quer dizer que não sejam permitidos ultimatos como este. A liberdade individual é uma das vantagens dos blogues. No entanto, a minha liberdade permite-me divergir e demarcar-me de posições como esta.





sábado, maio 08, 2004


Pensamentos asseados


O momento do dia em que nos encontramos mais vulneráveis é, sem margem para dúvida, aquele em que, nus na banheira, esperamos que a água aqueça.






Pensamentos divinos


Pensei, pensei, e finalmente cheguei a uma conclusão sobre o que é afinal o Bloco de Esquerda. Segundo as minhas caminhadas mentais só poderá ser uma monarquia teocrática. É que todos os militantes deste singular ajuntamento consideram Louçã deus vivo e rei. Certo?






Senta-te e chora


No post sobre os cães presos que escrevi mais abaixo eu tentei, mas pelos mails que me foram enviados em seguimento do mesmo entendi que não me fiz compreender. É o que dá tanto Fernando Rocha.





sexta-feira, maio 07, 2004


Assinalar…


… um ano de inevitabilidade.





quinta-feira, maio 06, 2004


Parar um pouco


Hoje levei a minha sobrinha (três anos) ao Oceanário. A meio percurso caminhado, no piso inferior do edifício, ela entendeu que nos devíamos sentar em frente ao grande aquário central. Foi então ali, de pernas cruzadas, e olhando calmamente a imensidão de azul repleta de espécies que me achei revendo todas as minhas prioridades de vida. Realmente, não sabemos nada.





quarta-feira, maio 05, 2004


Já só falta um


Parabéns a esta senhora e a este senhor. Seriam perfeitos, não fosse serem adeptos destes senhores. Mas para estes últimos, parabéns também. Vá lá, que eu hoje estou de boa vontade.





segunda-feira, maio 03, 2004


Estão todos convocados


Esta foi a conclusão final da reunião extraordinária entre o ministro da Administração Interna Figueiredo Lopes, o seleccionador Scolari, e representantes dos sindicatos da polícia. “Todos os jogadores não convocados para a selecção estão convocados para a segurança do Euro 2004” afirmou o ministro. A decisão deve-se à eficácia demonstrada pelos jogadores do Sporting que estavam no banco durante o encontro com o Benfica no estádio Alvalade XXI em acalmar a claque que invadiu o recinto nos momentos que se seguiram ao golo do clube da Luz. “Nós estamos treinados para este tipo de situações e achamos que temos um lugar no Europeu” disse à Origem do Amor o jogador do Sporting Pedro Barbosa. Quando confrontado com a atitude dos membros da claque do seu clube, Barbosa avisou “nós vínhamos desde há muito a avisar as autoridades para terem cuidado com os objectos que entram em campo. Não é admissível que o senhor Geovanni tenha conseguido entrar em campo com um “petardo”, e tal não tivesse acontecido possivelmente não teríamos o ataque de revolta que se verificou”. Scolari está também contente com a decisão uma vez que fica com o “problema” Baia resolvido. Os sindicatos da polícia estão também felizes com a medida, uma vez que os agentes passam a gozar um mês de férias durante o campeonato visto serem substituídos pelos jogadores. Os jogadores de todos os clubes iniciam um estágio em Alcochete, logo a seguir ao fim do campeonato nacional, leccionado pelos jogadores do Sporting. Todos concordam com a medida embora haja reticências à parte em usar os coletes verdes no interior do recinto. A Origem do Amor foi ao estádio do seu clube sondar a opinião de alguns jogadores, mas como o plantel se encontrava em descanso (desde há uma semana) conseguiu apenas entrar em contacto com Alex que afirmou estar muito feliz com a convocatória e assegurou que sempre sentiu ter um lugar no Europeu para mostrar o seu potencial e valor. “Desde que aqui cheguei que tenho aprendido muito, em especial com o Fernando Aguiar, e sei que estou a 100% para enfrentar este novo desafio”. O guarda-redes suplente Bossio, que também se encontrava no estádio, não foi possível entrevistar uma vez que tentava apanhar uma bola que se encontrava no chão. Ao fim de uma hora de espera resolvemos desistir e abandonar o recinto da Luz.
O povo está convocado, os jogadores estão todos convocados, Portugal está convocado. Venha o Euro 2004.






A meio caminho entre menino e homem


O Luís Ene aprecia procurar novas formas de dar cor à blogosfera, e sempre apelando à participação dos habitantes deste mundo virtual. Agora lembrou-se de nos desafiar a dar a cara, colocando no seu blog os rostos associados às palavras. Aqui o vosso escriba utópico da praxe, que se rege por impulsos, lá foi dar a cara. Aqui não temos nada a esconder, não existem sacos azuis, nem visitamos casas em Elvas. Aqui damos a cara. Assim, desta forma, me aproximo um pouco mais daqueles cronistas ou escritores que vêem a sua cara acompanhar os textos e os livros. Como não sou nem cronista, nem escritor, fica meio caminho andado. Sim, porque estou a meio caminho de me tornar um homem. Já plantei a árvore. Escrevo num blogue e, quem sabe brevemente, verei um conto meu publicado, o que num país com tanta iliteracia resolve a questão do livro. Falta-me pouco para ser um homem. Falta-me ser pai, e telefonar para a Bancada Central.





domingo, maio 02, 2004


Presos na infância


Sinto-me triste e descontente com as pessoas. Diariamente assisto à degradação da humanidade ao observar que o bicho homem não se preocupa com as outras espécies que co-habitam o seu planeta. Vem isto a propósito de um mail que recebi recentemente. Uma ninhada de cães que se não encontrar um dono vão ser abatidos. O pior, e o mais desumano, é que esta situação perdura há quase dois anos. Ou seja, as pessoas que só se preocupam com carros, roupas, e telemóveis, ignora propositadamente que existe uma ninhada de cães presa desde há 2 anos na tenra idade de 2 meses e que passaram estes últimos 24 meses na dúvida de verem nascer o dia seguinte. Isto é desumano. Isto choca-me. Já que não os querem, peço-vos apenas que os deixem crescer. Será pedir muito?





sábado, maio 01, 2004


Até que enfim, acertaram


Hoje fui catalogado, por um amigo da internet, com a designação que foi até à data a mais correcta sobre a minha pessoa: utópico.






O dia mais belo


O dia 1 de Maio é um dia belo e, ano após ano, cresce cada vez mais como, aquele que é para mim, o dia mais importante do calendário. Não, nunca liguei ao dia do trabalhador e, diga-se a verdade, cada vez menos me identifico com essa comemoração. O dia 1 de Maio representa muito mais para mim, e por razões bem mais importantes. Se fosse viva, a minha mãe, a pessoa mais bela interiormente que já pisou esta terra, comemoraria hoje mais um aniversário. Só por ela, este dia já seria especial. No dia 1 de Maio, Miguel Nogueira e Sandra Nogueira disseram sim um ao outro iniciando uma ligação também ela bela e que cresce como uma árvore, enraizando-se fortemente na terra, procurando novos caminhos em direcção ao céu, dando já os seus frutos, e a caminho de brotar flores. A partir de hoje, o dia 1 de Maio, passa também a representar o crescimento daquela que é a mais bela utopia mundial: 25 nações, nem sempre de acordo, com os seus erros humanos, mas procurando em conjunto o caminho para uma sociedade civilizada e democrática, onde se defendem os direitos humanos e a liberdade. Um caminho difícil, cheio de espinhos. Mas não serão as flores espinhadas as mais belas? É deixá-las crescer, admirar as suas cores, cheirar os doces odores. Com calma, paciência, vontade, e carinho. Como uma relação a dois. Sublime e bela.








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