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terça-feira, março 30, 2004


Recta final


Avançamos a uma velocidade superior à da luz (e gritam todos: Como se isso fosse possível!!!) para a cerimónia de entrega dos prémios mais absurdos da blogosfera. Hoje, terça-feira, dia 30 de Março, às vinte e três horas, cinquenta e nove minutos, alcançamos o inevitável prazo final para a votação do prémio do público. A partir dessa mesma meta temporal termina também o prazo para que se chegue à conclusão se existem ou não bloscares de divulgação massiva. Prove-se, ou não, dia 1 de Abril avançamos para a distribuição dos prémios numa mega-operação já intitulada de “Abalroamento e Assombro”. Mais uma vez, aqui fica o aviso: Estão proibidas as manifestações convocadas por SMS.

Durante todo o dia 31 de Março vigora um período de reflexão em que não serão permitidas, neste e qualquer outro blog, campanhas individualizadas que possam condicionar as opções de voto.

Aproveito o dia de hoje para as menções finais aos blogs que se associaram ao evento. Primeiro que tudo, o agradecimento sentido ao Rotflol, Divulgador Superior da Comissão Organizadora de Eventos Origem do Amor, SA, que quase atingiu o pleno das entrevistas aos nomeados. Quero também agradecer a todos os blogs que publicitaram o evento, e às nomeadas e aos nomeados pelas oferendas enviadas a este blog destinadas a comprar o voto final. Destaco obviamente a assinatura da revista “Modas e Bordados” e o cargo público num ministério com direito a Mercedes pretos, secretárias, e prebendas. Estas ofertas, infelizmente, não serão tomadas em conta na decisão final mas desde já agradeço e garanto que pretendo aproveitá-las em pleno para meu real gozo e regalo.





segunda-feira, março 29, 2004


É a guerra, é a guerra


O trailer oficial dos Bloscares foi uma jogada de xadrez. Uma acção de guerrilha. Um golpe de espada. Um buraco na areia da praia tapado por uma toalha. Muitos dos que quiseram ver o promocional, viram-se obrigados a instalar o Quicktime Player. Ora, este leitor é a alternativa da Apple ao Windows Media Player da Microsoft. Agora, encontra-se nos computadores dos leitores deste blog, permitindo as próximas jogadas:

1 – Xeque

2 – Mate






O fim do sujeito, ou o inicio do sujeitar-se?


Já aqui o afirmei uma vez: Sou um optimista. Não sei porquê mas ainda acredito nas pessoas. Por essa razão, quero acreditar que existem pessoas que, independentemente de irem ou não ao Rock in Rio, não necessitam de apregoar a sua decisão aos outros, ou exibir dísticos.





sábado, março 27, 2004


Incompatibilidade religiosa


Alguns posts atrás coloquei aqui uma entrada com o único propósito de me gabar um pouco. Tentei até com o meu escrito provocar a inveja de alguns. Sem reparar estava a entrar no reino do pecado com as minhas acções, e acabei castigado. Tudo se passou depois de comprar um novíssimo e potente computador portátil Macintosh e usar este local para anunciar tal aquisição com pompa e circunstância. Neste momento, e porque ignorei a questão da ergonomia, tenho dificuldade em movimentar-me, vítima de terríveis dores na nuca e costas (um portátil obriga a que estejamos constantemente a olhar para baixo com o pescoço dobrado). Logo, mesmo sendo ateu, posso concluir que Deus castigou-me. E porquê? Ganância? Inveja? Orgulho? Luxúria?
Ou será que Deus usa Windows?





sexta-feira, março 26, 2004


Mais entrevistas


O Rotflol não cessa de maravilhar a comissão organizadora dos bloscares. Depois das entrevistas às nomeadas, divulga agora as reacções dos nomeados. Agradeço mais uma vez todo o empenho deste blogue que provou ser uma frutuosa alternativa ao meu impedimento em falar com os nomeados antes da atribuição dos prémios.






O que procuras?


Imagine então o Pedro quando essa mesma percentagem (ou maior) apenas procura amor…






Aniversário


A blogosfera está quase a atingir um ano de vida (contando a partir do boom) e os aniversários multiplicam-se.
Parabéns Fumaças!





quinta-feira, março 25, 2004


A surpresa que ninguém esperava


Quando anunciei a segunda edição dos Bloscares avisei que muitas surpresas estavam na forja. Apareceu a entrevista ao desblogueador, passaram a existir nomeados e nomeadas, o evento fez capa nas revistas internacionais. Uma surpresa esteve guardada na gaveta, envolvida no maior secretismo, e foi com esforço que não a revelei antes. Guardei esta pérola para a recta final. Aqui vos apresento, em primeira mão, e pela primeira vez: o Trailer Oficial dos Bloscares 2004.

É grandinho, aconselha-se o uso de uma ligação de banda larga, e convém ter o quicktime instalado, mas vale a pena.





quarta-feira, março 24, 2004


A melhor surpresa da semana


Dois dos autores estão nomeados para melhor blogger. O outro esteve quase para o ser, mas a oferta de qualidade é tão extensa que foi necessário tomar decisões radicais (assim a “puxar” para o corte orçamental). Habituei-me à presença das palavras que os três soltam na imprensa e na blogosfera. Os textos que escrevem provocam em mim uma variedade de emoções. Há ditos que me irritam, palavras que me fazem reflectir, textos que me fazem sentir em sintonia emocional. Umas vezes provocam-me o riso, outras o sorriso. Acima de tudo fazem-me sempre pensar. É por isso que gosto de os ler, aos três, sempre. Também em relação a eles (como em tudo) não olho às cores com que se vestem, olho sim ao que está por debaixo das vestes. E sim, sou heterossexual.
Os vencedores dos Bloscares já estão decididos. Não estivessem, e Fora do Mundo seria, provavelmente, o blogue vencedor. Fica para o ano.






Alta tecnologia


Inaugurado o contador dos Bloscares na coluna da direita.
Obra feita à revelia de Pedro Santana Lopes e sem a utilização de nenhum cartaz com a inscrição: "Já viu que bonito contador ali ao lado?"






Get a life


Recebo na minha caixa de correio autênticos ultrajes usando palavras que envergonhariam até o diabo. Dizem-me que os bloscares estão comprados e viciados. Isto dói muito. Horas de empenho a percorrer os blogues, longas análises ao conteúdo e à forma do que por aí se escreve, lutas interiores para tomar decisões. Muito, muito esforço que com simples palavras é lançado ao chão, pisado e enterrado. Eu não merecia isto.

Aproveito este post também para avisar que a maior oferta até agora foi da Papoila no valor de 1220 euros. Aos interessados em subir a parada pede-se o favor de se apressarem pois gostaria de tomar uma decisão final o mais rapidamente possível. Faltam menos de 10 dias para fecharem as licitações. Esta oferta dá direito a ser o melhor blogue durante 10 edições consecutivas (em segredo, claro está). Quero ainda avisar a Rita que a oferta do Gastão não provoca em mim nenhuma emoção em especial. Já cá mora um Labrador em casa e um dos nomeados já ofereceu um vale de ração grátis válido por um ano.

Ah... Já vos tinha dito que gosto muito do novo Smart? (melhor blogue durante um século)





terça-feira, março 23, 2004


Links actualizados


Novas entradas para a coluna da direita, classificadas na categoria de Andorinhas. A descontracção da Gotinha e a delicadeza da Marta.






Bloscares update


Mais entrevistas aos nomeados disponíveis no Rotflol. Por aqui está tudo a trabalhar dia e noite para montar o evento. A Origem do Amor tem neste momento 5300 pessoas a trabalhar no evento de forma a alcançar pôr de pé tão colossal feito. Os blogues mais à esquerda batem palmas ao verem tanto emprego disponível. Depois do evento, será a vez de ouvir palmas dos blogues mais à direita ao verem os cinco milhares de pessoas serem dispensados. Aviso desde já, que politicamente, este blogue mantêm-se como sendo de extremo-centro.

Nota: As manifestações convocadas por SMS estão proibidas durante o evento. Qualquer tentativa de furar esta regra será firmemente repreendida pelos responsáveis das claques NoNameBoys, Juve Leo, e Super Dragões, responsáveis pela segurança em redor do recinto.






Utensílios para o lar


Existem pequenos pormenores que só reparamos por acaso, ou quando a nossa esposa nos alerta para os mesmos. Hoje reparou que as lojas de electrodomésticos vendem computadores PC mas não vendem Macintosh. Curioso.






Portugal enganou-me


Que prazer que é ler ficção. Admito, sou viciado. Poucos ensaios, análises, livros históricos, políticos, animam os meus momentos de leitura. Prefiro as histórias que nunca aconteceram, ou como diz a história da literatura: livros escritos com a finalidade essencial de representar um mundo de ficção, um mundo imaginário criado, um mundo onde nos transportam e fazem viver. Gosto de ser levado. Não gosto, no entanto, de ser enganado. E fui, muito enganado. Nestes últimos dias troquei a ficção por uma gramática, um prontuário, e alguns livros de história da literatura portuguesa e mundial. Estas obras que nos guiam pelo mundo das regras, dos símbolos, diagramas, fonemas, tritongos, poesia, teatro, etc, representam para mim autênticas novidades e conceitos que nunca me ensinaram. Mas na escola, no ensino secundário, eu fui passando até ao décimo segundo ano com notas acima da média dos colegas que me rodeavam. Posso com isto concluir, que fui ludibriado pelo sistema de ensino português. De um ensino que deixava andar, que facilitava, que não obrigava, que não estimulava. Programas escolares que nunca acabaram, livros dos quais não chegámos a ler os últimos capítulos, testes em que não era necessário estudar para se alcançar uma boa nota. Como foi isto possível? Pior, como foi isto permitido?
Não sei se o ensino actual mudou, se agora realmente ensina, e se os alunos que passam são os que, obrigatoriamente, depreenderam os conteúdos do programa. Se o ensino não mudou desde que por lá passei, então estamos mal. Estamos mesmo muito mal.






Só com tempo para citar


‘But the plans were on display…’
‘On display? I eventually had to go down to the cellar to find them.’
‘That’s the display department.’
‘With a torch.’
‘Ah, well the lights had probably gone.’
‘So had the stairs.’
‘But look, you found the notice, didn’t you?’
‘Yes,’ said Arthur, ‘yes I did. It was on display in the bottom of a locked filing cabinet stuck in a disused lavatory with a sign on the door saying Beware of the Leopard.’

The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy by Douglas Adams





segunda-feira, março 22, 2004


Porque a poesia não tem dia


Deixá-la ir, a ave, a quem roubaram
Ninho e filhos e tudo, sem piedade...
Que a leve o ar sem fim da soledade
Onde as asas partidas a levaram...

Deixá-la ir, a vela, que arrojaram
Os tufões pelo mar, na escuridade,
Quando a noite surgiu da imensidade,
Quando os ventos do Sul se levantaram...

Deixá-la ir, a alma lastimosa,
Que perdeu fé e paz e confiança,
À morte queda, à morte silenciosa...

Deixá-la ir, a nota desprendida
Dum canto extremo... e a última esperança...
E a vida... e o amor... deixá-la ir, a vida!

Antero de Quental






Agradecimentos de alguém que teme descolorir


Evito falar dos nomeados aos prémios, não me acusem os outros de favorecimento, mas tenho de falar da claire lunar. No little black spot, um post referiu os bloscares. Agradeço, claro, mas torno público o facto de não esperar menções ao evento nos blogs nomeados ou premiados. Como referido noutro posts, o evento é uma forma de diversão e não de divulgação deste blog. Não pretende audiência mas sim sorrisos. O blog da insensatez é um dos locais mais belos deste novo media, onde a poesia, a música, a arte, o pensamento, se misturam, agarram, voam, numa autêntica dança dos sentidos. Agora, no meio de tanto sentimento, aparece aqui o palhaço com os seus devaneios. Percebem porque não procuro menções? Para não manchar o sublime.





domingo, março 21, 2004


O cargo de Divulgador Superior da Comissão Organizadora de Eventos Origem do Amor, SA (DSCOEOA) está a provar-se muito útil no evento Bloscares. Como todos sabem, estou impossibilitado de falar com os nomeados até à entrega dos prémios. O DSCOEOA está a publicar entrevistas com os nomeados permitindo assim a toda a blogosfera conhecer o lado mais rosa do assunto. Quer dizer, a alguns dos nomeados é melhor não chamar rosa, ou ainda salta a tampa a algum, e quem sabe, não volta (pela última vez) a falar de política.

Aproveito também para informar os nomeados sobre os extras a receber pela nomeação. Existem dois conjuntos à escolha:

Opção 1 – Pack 25 senhas de refeição no refeitório da Cimpor + 3 módulos carris (2 coroas) + 1 televisor 37 cm Santronics + 1 leitor Vhs Larynde com filme Academia de Polícia 4 (gravação da emissão da TVI) + 2 conjuntos de roupa Confecções Sousa (para eles) ou Roseta Alta Costura (para elas) + 1 corneto de morango + 1 poster autografado do autor da Origem do Amor

Opção 2 – 7 jantares para 2 pessoas no Café do Rui + 1 bilhete ida e volta na Transtejo (destino à escolha) + 1 leitor de DVD Discollaser + Conjunto Enjoy Portuguese Home Cinema (Sem colunas de som) + 1 macaco de brincar que bate os pratos (duas pilhas AA não incluídas) + 1 fim de semana para 2 pessoas na residencial Firmino (Av. Guerra Junqueiro) + 1 corneto de chocolate + 2 cuecas autografadas pelo autor da Origem do Amor (lavadas)

Pede-se o favor, aos nomeados, de enviarem um e-mail solicitando a opção preferida.





sábado, março 20, 2004


Abjecto não, concorrência sim


Está aqui um gajo a pensar que vai descansar durante dois dias e acaba por ser atraído para este local de miséria mais uma vez. Magnetismo estranho este que um blog aplica no seu dono.
Assim como o homem e o Francisco, também eu me surpreendi ao final da tarde. Por norma, nesta altura do dia, as únicas surpresas são as belas cores vermelhas desenhadas no céu, ou não haver fila de trânsito na segunda circular. Desta vez a surpresa chamava-se Mário Alberto, e chegou (sacana) narrando delírios aos meus ouvidos, usando o éter que lhe deixaram usar. Seria ópio, cocaína, ou LSD, pensei eu. Depois entendi tudo: àquela hora, numa rádio da concorrência repete o homem que mordeu o cão. Estranho formato, este da rubrica de humor da TSF.





sexta-feira, março 19, 2004


Fechado para balanço


Até segunda.






Para o ano há mais


Uma das maravilhas de um casamento feliz é viver todos os dias ao lado de alguém que nos compreende melhor do que todos os outros. Querem uma prova? A minha melhor prenda de anos foi-me oferecida pela minha mais que tudo. Uma prenda que mostra um conhecimento profundo dos gostos do homem que a ama.






quinta-feira, março 18, 2004


Faltam 15 dias!


Não são só os leitores da blogosfera que andam agitados com os bloscares. A imprensa internacional especializada faz este mês capa de revista com este evento, e é com algum orgulho que aqui deixo dois exemplos dos muitos que se podem já encontrar nas bancas.









Agradecido


Quero mais uma vez agradecer aos blogs que estão a divulgar os Bloscares. Mas atenção que embora alguns tenham enviado as facturas esta publicidade não será paga. Para quem não reparou, colei um daqueles autocolantes amarelos na caixa do correio. Escusam de recorrer aos tribunais que eu acabo sempre por ganhar. Entretanto, aqui ficam algumas menções, para irem comer um epá.

Fumaças: Já o imagino de charuto na boca a comentar – “Olha-me este gajo nomeado!”
O bRaNcO dO CéU: que me deu uma trabalheira a acertar com as maiúsculas e minúsculas.
Adufe: que ainda está por classificar (não é fácil catalogar uma ave que quando segura entre duas mãos não pia).
PLRalisport: porque abre caminho para novas entradas na blogosfera (para quando o blog da equipa de sueca da Associação de Moradores de Ermesinde).
Conversa na Travessa: Seja onde for, é sempre uma boa conversa.
Despa@chos: ora este também já está despachado.
Vizinho: que me acha bem humorado e a quem informo que os comentários estão de volta.

Para finalizar, destaco o rotflol, aquele que é provavelmente o mais empenhado nisto de seguir os bloscares a par e passo, e que fica para já designado para o cargo de Divulgador Superior da Comissão Organizadora de Eventos Origem do Amor, SA.

A imprensa também já mencionou os bloscares. Eu depois mostro.






28 anos depois de dar o primeiro berro


A partir deste exacto momento, deste mesmo dia, faltam dois anos para chegar aos trinta.
Agora é aproveitar, os últimos cartuchos da década dos porquês, antes de entrar na idade dos quês.
Vinte e oito anos depois, já sem berrar, sussurro jovialmente: As prendas?





quarta-feira, março 17, 2004


Bloscares update


O blog quer, e precisa, desanuviar. Entre hoje e amanhã não perca os últimos desenvolvimentos dos bloscares. Novidades à noitinha.

Prémio do público: 230 já votaram (e garanto-vos que está renhido)





terça-feira, março 16, 2004


The Return of the Box


Em tempos remotos este blog permitia os comentários dos leitores que, coitados, aqui vinham parar. Era uma caixa aberta ao contacto com quem me lia e à troca de ideias, no entanto, foi sempre uma caixa vazia. Os comentários eram sempre zero. A pedido de várias famílias ao longo destes meses, resolvi ligar de novo a caixa mágica. Agora, já que pediram tanto, aproveitem e digam de vossa justiça: mal ou bem.
”We are back, for round two”






Touché?


P - Como explicar os atentados de Madrid?

R - A Al-Qaeda não existe senão na medida em que comete atentados. Não é como a ETA ou o IRA, onde se pode renunciar à violência para passar à política. É uma organização terrorista por definição. Os seus atentados devem obrigar os "media" a noticiá-los. Atacam-se alvos fáceis e que darão seguramente uma boa notícia. Nos países muçulmanos, a Al-Qaeda não ataca por exemplo nunca o Estado. Atingir um quartel na Indonésia não teria por exemplo qualquer eco, mas uma discoteca nocturna em Bali seria espectacular... Os atentados de Casablanca são típicos. O seu interesse estratégico era irrisório, mas eles buliram com as pessoas por terem sido ligados ao Ocidente e aos judeus. Foi o objectivo da operação. Este tipo de objectivos mostra também as dificuldades da Al-Qaeda, que ficou enfraquecida com a intervenção do Afeganistão, em perpetrar atentados tão sofisticados como os de Nova Iorque. Madrid foi horroroso, mas relativamente simples...

P - Os atentados estão ligados à guerra contra Saddam?

R - Eles atingem antes do mais a opinião pública ocidental e permitem "ligar" a Al-Qaeda à guerra no Iraque, na medida em que a Espanha apoiou a intervenção americana. O problema da Al-Qaeda é não ter legitimidade médio-oriental - Palestina e Iraque -, ser periférica em relação ao mundo muçulmano, tentando regularmente atrelar as suas composições aos conflitos do Médio Oriente à procura de legitimação. Madrid já permite associar o Iraque e a Espanha. A Al-Qaeda representa de facto a globalização do islão, mas de modo nenhum os conflitos do Médio Oriente.

Da entrevista de Olivier Roy, director do CNRS e autor de vários livros sobre o mundo islâmico, ao Público de ontem.






Sacar as cunhas do bolso


Na eventualidade de existirem leitores deste blog, que leccionem a área de humanidades no ensino secundário, peço que me contactem por e-mail, para que, mediante disponibilidade, me possam esclarecer uma dúvidas.






Se um dia lá chegar


Gostaria, um dia mais tarde, de explicar ao meu filho o que foi a al-Qaeda e o terrorismo. Contar-lhe a abjecta barbárie de que o homem foi capaz, descrever esse passado. Significava que o passado me permitiu escapar, viver o futuro, criar um filho, respirar todos os ares de todas as manhãs. Talvez seja pedir demais, mas a seguir à lição de história íamos os dois, para junto do mar, escutar o canto das baleias.






Outra Sua


Ó campo de Santarem
altas torres de d'Almeirim,
fazeis-me lembrar de quem
me fez esquecer de mim.

Ó tempo, como passaste
que me deixaste tal guerra,
morte, que nam me mataste,
dize porque me deixaste
mais vivo sobre a terra?
Se entam fizera fim
todo meu mal e meu bem,
nam me fezera Almeirim
lembrança nunca de quem
me fez esquecer de mim.

Dom Goterre






Razões?


Não venham falar de Quartetos dos Açores, de Israel, de Afeganistão e Iraque.
Para a al-Qaeda tudo agora se resume a uma questão de puro gozo.
Não são animais como muitos os apelidam. São vírus.






O lado negro da força




Esta imagem pertence ao reino da ficção. É uma fotografia tirada durante a produção do último episódio de Star Wars (neste caso o terceiro), e representa a mudança de Anakin Skywalker do lado do bem para o lado do mal, a morte da sua personalidade heróica e benfeitora, o nascimento de Darth Vader, símbolo de morte, terror, e destruição. A passagem de Vader para o lado negro da força não se deve apenas à tentação, como Obi-Wan nos impunha nos primeiros episódios, mas devido a um sentimento que cresceu com Anakin: o Ódio. O nascer do ódio está já impresso na película, no momento em que Anakin descobre que mataram toda a sua aldeia e a família. Anakin acabaria por ficar desfigurado mais tarde, como se vê na primeira imagem, passando a viver no interior de uma máscara negra e maquinal que lhe dava a cara por aquilo que ele agora se tornara: Uma máquina de odiar e de matar.



Esta imagem pertence ao reino da realidade. Da triste realidade. É uma fotografia tirada depois dos atentados do 11 de Março, em Madrid, e representa o horror a que as vítimas (porque todos são vítimas, não só os que morrem ou ferem) foram sujeitas. Na cara desta mulher não existe apenas medo e horror, existe ódio, o nascimento do ódio, que agora crescerá com ela. Um ódio que passa para os que a rodeiam, mais ou menos próximos, e que passará de geração em geração. O lado negro da força atacou em Espanha, provocou o terror que tanto estima e, mais uma vez, viu os seus objectivos alcançados: Gerar mais ódio e mais terror.

Os americanos (o povo) apoiou em grande escala a intervenção no Iraque. As armas não estavam em questão, mesmo que não existissem à partida o povo continuaria a apoiar. O povo passara a odiar e tinha de se “vingar” em alguém. O Iraque foi atacado e ocupado por uma suposta boa causa: derrubar um regime de ódio. Também eu apoiava esta intervenção, e agora já não sei se serviu para acabar ou aumentar este sentimento. Penso que a resposta não pode ser dada agora. Há que esperar uns anos para se entender se a intervenção foi a medida mais correcta. Afirmar que a intervenção desencadeou mais terrorismo é um discurso demasiado fácil. O terrorismo cresce, com ou sem intervenções. O terrorismo quer ódio, não tréguas.

Os espanhóis (o povo) votou em grande escala e derrubou o partido que se preparava para ganhar novamente as eleições. Votaram como quem aplica um castigo, uma vingança. Votaram com ódio. Mas o povo votou assim porque o terrorismo, dito “muçulmano”, atacou em Madrid. A anterior intenção de voto previa o resultado inverso, mas antes dos comboios rebentarem já as bombas rebentavam no Iraque. Porque mudou o povo? Fica agora por saber se por ódio ou por medo. Seja qual for a resposta, o terrorismo saiu a ganhar.

Aqui em Portugal, enquanto uma paz podre se mantêm, aprendemos também a odiar aos poucos. Basta ouvir as conversas de café, o anti-americanismo fácil, a critica ao envio de tropas no Iraque. Tememos o terror, que ainda não nos apanhou mas já mete medo.

Anakin Skywalker manteve uma réstia de bondade no interior. Uma pequena chama que teimou manter-se acesa. E foi essa chama, que quando alimentada pelo amor ao seu filho, permitiu que voltasse a ser quem era, a destruir o medo, o terror, e o controle. Nos tempos actuais, neste tempo de ódio, espero que não seja necessário serem os nossos filhos, um dia mais tarde, a chamarem-nos à razão. Porque mesmo que mudemos, já devemos ter feito muito mal. É necessário, acima de tudo, tentar primeiro pensar (e principalmente compreender) antes de agir. Não podemos, nunca, é odiar. O lado negro da força espreita a todo o momento. Os palestinianos da Al-Qaeda são filhos de refugiados.





sábado, março 13, 2004


Não é só o mundo que está a mudar


Sim, há temas que tem de ser tratados, também, aqui, e que podem ser agrupados nas seguintes categorias:
Abjecto: O terrorismo em grande escala, mesmo aqui ao lado.
Triste: O abandono de Nuno Costa Santos.
E para desanuviar,
Divertido: os Blóscares e tudo o que se tem passado à sua volta

No entanto, a Origem estará apenas de volta entre terça ou quarta-feira, devido a pequenas alterações técnicas.
Quando voltar (e para provocar um pouco de inveja no Francisco) passará a ser escrita assim:








quinta-feira, março 11, 2004


Hoje não.






Blogar prejudica gravemente a saúde dos que o rodeiam


O ter, e escrever, um blog assemelha-se em tudo ao tabagismo.
Hoje em dia é um prazer.
Daqui a 10 anos, muitos estudos de psicologia depois, será catalogado como um vício.
Vinte anos no futuro e teremos médicos a considerá-lo uma doença.
Quando trinta anos passarem desde o dia de hoje, multiplicam-se as associações anti-blogs. O serviço blogspot abre falência, devido a pesadas derrotas em tribunal e chorudas indemnizações às famílias dos bloggers desaparecidos.
Quatro dezenas de anos. Blogs obrigados a publicar grandes avisos a negro. Bloggar mata?
Meio século, bloggers irradiados definitivamente do planeta, salas com televisão nas paredes, há neve em toda a parte, Benfica campeão.
Até lá, escrevamos, pois então.






Gota a gota…



O post que aqui solto agora aspirava ser apenas mais um gracejo com os bloscares. Os bloscares são, claramente, uma reinação que me dá um especial deleite. Não é uma procura de publicidade ou visitas, é pura diversão em inventar e brincar um pouco neste meio tão nosso que é a blogosfera.
Este post era a continuação da brincadeira anterior.

A Gotinha escreveu um post em que se predispunha a ajudar e onde arranjava soluções para o problema anterior. A Gotinha do Blogotinha: Um caso curioso da blogosfera.
Há um ano atrás os blogs eram feitos entre nós, os suspeitos do costume. Conhecíamo-nos pelos blogs, comentávamos os posts uns dos outros, sabíamos quem entrava, quem saia, e até a que horas se postava e quem postava. Pessoas ligadas à politica, ao jornalismo, às artes, ou à internet, tratavam os blogs por tu, mas o público em geral desconhecia esta realidade. Esse público foi chegando aos poucos, animando um pouco mais os contadores de visitas dos blogs, já de si muito visitados. O top de links e visitas manteve-se quase sempre igual, não só pela qualidade dos blogs lá presentes mas também pela antiguidade e, excelente e composta, bagagem de posts que os blogs do topo traziam de trás. Poucos blogs chegados depois do boom conseguiam furar até lá cima. Homem a dias, Glória Fácil, e Barnabé, foram alguns dos exemplos que fugiram à regra, em grande parte por trazerem, já de fora da blogosfera, as malas bem compostas.
Blogotinha foi um caso curioso. Começou de baixo e aos poucos sem quase se dar por isso disparou para o top. Em número de links acomoda-se entre gigantes como Causa Nossa ou País Relativo, enquanto que em número de visitas diarias atinge médias superiores a cinco centenas. Curioso é o que por lá se escreve: a mistura entre os diários que os blogs começaram por ser, e as crónicas em que se viriam a tornar. Posts descontraídos, desprovidos de “agenda”, sem conotações politicas, provenientes de alguém anónimo que não se apresenta como especialista em nenhuma matéria, jornalista, artista, cronista de imprensa, ou detentor de um cargo ou filiação politica. Um blog que à partida estaria condenado a ficar nas partes mais esquecidas da tabela. O que se verifica é o inverso. Como explicar este fenómeno? Provavelmente, o público em geral que não fazia parte deste novo universo, chegou de vez. Não terá a blogosfera arrancado verdadeiramente, agora?





terça-feira, março 09, 2004


Pedido de ajuda


Como devem calcular, organizar um evento da dimensão dos Bloscares não é pêra doce. Eu sozinho tenho de:

1- Aspirar e preparar o Kodak Theatre (sem ajudantes romenas)
2- Montar o cenário (atenção que não me refiro a colocar gel no cabelo e afins)
3- Centenas de viagens de ida e volta do hotel para o Kodak a guiar a limusina com os convidados e nomeados (abrir e fechar a porta inclusive)
4- Tratar do catering para 5000 pessoas (o que representa embrulhar em papel 25000 sandes de queijo com marmelada)
5- Assegurar a segurança em 25 locais (eu em todos)
6- Filmar o evento com 14 câmaras (operadas por mim) com tradução simultânea para 67 países
7- Apresentar o evento
8- Arranjar um furo para fumar um cigarrito

Ora, se porventura antes, durante, e depois da cerimónia existirem bolsas de ar comprimido no interior dos meus intestinos com necessidade de serem expelidas (vulgo dar um peido), nem para isso tenho tempo. Com este quadro em vista as meninas Charlotte e Papoila ainda conseguem ter a lata de me pedir para organizar uma luta na lama entre elas para discutirem quem merece o bloscar (ver comentários em Papoila consulta…).

Pede-se aos blogs interessados em organizar o dito combate que ponham mãos à obra. Peço ainda o favor de passarem antes aqui na secretaria para levarem panfletos publicitários dos bloscares a fim de serem distribuídos. Este post acaba aqui porque ainda tenho de ir imprimir e recortar os panfletos.

Agradecido.






Vitória


Não deixa de ser curioso que eu tenha gritado tanto com um golo do Porto de uma forma que já há muito não o faço com o meu Benfica.






Bloscares 2004 – Melhor Blogger (elas)



E as nomeadas são:

Ana Albergaria, por Crónicas Matinais

Carla Hilário de Almeida, por bomba inteligente

Claire Lunar, por little black spot

IMia, por Loja de 300

Papoila, por papoila consulta…

Rita Ferro Rodrigues, por No Parapeito






Bloscares 2004 – Melhor Blogger (eles)



E os nomeados são:

Alberto Gonçalves, por homem a dias

Francisco José Viegas, por Aviz

Nuno Costa Santos, por Desejo Casar

Pedro Mexia, por Dicionário do Diabo

Ricardo de Araújo Pereira, por Gato Fedorento

TheOldMan, por TheOldMan






Bloscares – Categorias


Categorias para os Bloscares 2004:

- Sortido de Prémios – prémios variados para uma variedade de blogs

- Prémio do Público – votado pelos leitores (coluna da direita)

- Melhor Blogger (eles) – o melhor autor (entre 6 nomeados)

- Melhor Blogger (elas) – a melhor autora (entre 6 nomeadas)

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segunda-feira, março 08, 2004


Sensibilidade na coluna da direita


Hoje é dia de ouvir,
as andorinhas.





domingo, março 07, 2004


Bloscares 2004


Aos poucos a blogosfera anima-se em torno dos Bloscares. Agradeço desde já a divulgação feita pelos seguintes blogs: Janela Para o Rio, desBlogueador de conversa, 100nada, Apanhados na Net, ROTFLOL, e Blogotinha.





sábado, março 06, 2004


A (quase) dois anos da candura


A poucos dias de completar as vinte e oito primaveras entro progressivamente na nostalgia que acompanha os aniversários. O aniversário do próprio destoa radicalmente do aniversário do calendário. Não existem resoluções, apenas reflexões (em muitos casos depressões). Habituados que estamos (humanos) a viver num mundo de limites físicos, limitamos as idades em períodos concentrados: décadas.

A primeira década sentia-a apenas, não pensando, vivendo.
Na segunda década tomei consciência que existia.
Na terceira década descobri que os outros existiam.

A caminho dos trinta, a quase dois anos do início da quarta década, entendo que é altura de destruir tudo. Creio que dos 0 aos 30 estamos no mundo para absorver o máximo de conhecimentos possíveis sobre o que nos rodeia. É esse o período que nos é concedido, nem um minuto, hora, mês, a mais. A partir desse ponto deveríamos colocar tudo à prova, destruir conceitos, inventar abordagens caóticas, comunicar sem palavras, voar no chão. Restam-me dois anos de absorção. Nem mais um minuto, hora, ou mês. Depois é entrar nesta nova fase de braços abertos. Muitos não entram, a maioria não entra. Muitos ficam na terceira década, dos 20 aos 30, para sempre: Seguros de si próprios, certos, controlados. Daqui a 12 dias faltam apenas 2 anos. Não há tempo a perder.






Grande Reportagem


O Francisco José Viegas fechou a sua janela na Grande Reportagem. Agradeço todo o trabalho lá realizado que me acompanhou nestes últimos anos e que foi, em grande parte, causa directa do meu amadurecimento pessoal quanto à forma de olhar o mundo. O Francisco José Viegas fechou a janela. No entanto, o (apenas) Francisco mantêm a porta aberta. E quem deixa a porta assim, só pode ser boa gente. Obrigado por tudo o que ficou para trás. Anseio pelo que está para a frente.






De ficar com os olhos em bico


“Tudo se pode dizer às crianças desde que seja científico e de maneira simples.”

Esta frase foi hoje lançada ao ar. Ouvi com atenção, reflecti um bom bocado antes de manifestar a minha opinião sobre o dito. Antes de jantar fui reler Darwin. Lembrar a classificação das espécies, a evolução, a selecção natural. Reflecti mais um pouco, consultei algumas enciclopédias e manuais de biologia.

Cheguei à seguinte conclusão: Jerónimo Gomes é um animal. Científica, e simples.





sexta-feira, março 05, 2004


Bloscares – Entrevista desBlogueada



Já é do conhecimento geral que os bloscares não se levam muito a sério e que, embora a imprensa e milhões de pessoas acompanhem o assunto, existe nestes prémios uma certa dose de facciosismo (um só gajo decide tudo). Há, no entanto, um prémio a ter em conta, atribuído pelos leitores dos blogs, votado de forma democrática: o prémio do público.
Na edição de 2003, o vencedor foi o desBlogueador de conversa, que aceitou o convite para a entrevista exclusiva que aqui se publica agora. Agradeço desde já a disponibilidade dos desBlogueadores.

OrigemdoAmor: Como surgiu o desBlogueador de conversa?
DesBlogueador de Conversa: Como diz o 1º post deste antro, o desBlogueador apareceu precisamente há 9 meses atrás, no dia 5 de Junho de 2003, porque eu estava desempregado e não tinha nada para fazer. Entretanto a Sara Jofre juntou-se-me e, a partir daí, foi um não mais terminar de acumulação de iztúpidos, até ao belo número de 6. A possibilidade de adesão de José Castelo Branco, de Adelino Ferreira Torres e de Fátima Felgueiras ao blog foi rejeitada, apesar do presumível aumento de popularidade que tal significaria. O que importa é manter a (pouca) integridade que nos resta...

OA: O que representou receber o prémio do público nos bloscares?
DBC: Lembro-me como se fosse há imenso tempo atrás. Estava um lindo dia, o Sol chilreava, os pássaros brilhavam e víamos o público reconhecer, finalmente, a nossa existência. O público não tem juízo, obviamente!!! Esperemos que o tenha ganho...

OA: O que mudou na vossa vida depois do prémio?
DBC: Antes andávamos na rua, completamente escondidos sobre camadas e camadas de anonimato e indiferença generalizada e ninguém nos conhecia e hoje andamos na rua, completamente escondidos sobre camadas e camadas de anonimato e indiferença generalizada e ninguém nos conhece, por mais que a gente tente convencer as pessoas do contrário...como vês, a nossa vida é agora outra!

OA: O facto de se tornarem bloscarizados abriu-vos mais portas na blogosfera?
DBC: A começar pela porta da rua, que nos foi apontada por várias vezes, com argumentos do género - eh pá, a blogosfera é uma coisa séria! - ou mesmo parem lá com isso, ó fax favor - , várias portas nos foram abertas, para a seguir nos serem estrondosamente atiradas de encontro às nossas caras!

OA: Fala-se que a blogosfera está condenada ao fracasso. As pessoas já não saem de casa para ver blogs, preferindo ficar a lê-los em casa. Como trazer de novo as pessoas aos salões?
DBC: Acho que há que introduzir luz, cor e muito sexo na blogosfera. Mas não daquele virtual, daquele a sério, com corpos e fluidos e tudo. Mesmo que os salões ficassem vazios, aposto como a TVI se ia encarregar de cobrir as orgias blogosféricas que se seguiriam, com especiais pela noite dentro com o Pedro Miguel Ramos e a Teresa Guilherme como comentadores.

OA: Os blogs portugueses dependem exclusivamente de subsídios estatais e apoios comunitários. Do vosso ponto de vista o que teria de mudar para se tornarem uma industria auto-sustentada?
DBC: Há subsídios estatais e apoios comunitários para os blogs e só agora é que nos dizem? Ahhhhh....por favor, sabem se essas leis podem ter efeitos retroactivos?

OA: Acham os blogs mexicanos melhores que os portugueses?
DBC: Sem dúvidas, são muito melhores. Blogs de referência como Lo gato apestoso ou o Cien nada são os novos Maias da literatura mexicana...a blogosfera portuguesa é, por vezes, demasiado abrupta para o meu gosto!

OA: Para quando uma edição especial do desBlogueador?
DBC: Segue-se a resposta politicamente correcta:...inserir cassete...”todas as edições do desBlogueador são especiais...cada uma é como um filho acarinhado, amado e, muitas vezes também, espancado por todos nós. Um dia talvez uma edição do blog GOLD, para aí com página e meia mas...em papel reciclado porque o desBlogueador de conversa é um blog amigo do ambiente!”

OA: Querem arriscar um vencedor para o anel de ouro?
DBC: Eh pá, se não for o nosso (incluir gargalhada idiota e uma piscadela de olho...nervos, tá-se mesmo a ver!) que seja o Gato Fedorento. Apesar da paragem de posts que tem tido nos últimos meses, é, na nossa opinião, o grande blog nacional...ele é O BLOG.





quinta-feira, março 04, 2004


Venha mais um


E quem diz um, diz dois ou três.
2003, que rica colheita.






Bloscares 2004


Jornalistas, políticos, poetas, domésticas, professores, humoristas, cronistas, esquerda, direita,

Todos querem o anel…

E por isso, os bloscares (a.k.a. prémios mais absurdos da blogosfera) estão de volta para a sua 2ª edição. Este ano, e porque faz todo o sentido, os prémios são entregues a 1 de Abril, e passam, a partir desta edição, definitivamente para esta data, dia de todas as verdades. As migalhas (ouro, prata, e bronze) passam aos respectivos anéis, e mantêm-se o prémio do público (votação na coluna da direita) e os prémios gerais.
A emissão é feita a partir do blog, em directo, a partir das 21:00h com contactos e entrevistas na passadeira vermelha, seguindo-se a cerimónia de entrega de prémios às 22:00h.

Os bloscares nasceram no inicio do Verão de 2003 tornando-se rapidamente num fenómeno de audiências internacional. A cerimónia, que supostamente se realizaria na Sociedade Recreativa de Piódão, teve de ser alterada para o Kodak Theatre onde acorreram personalidades famosas do cinema, literatura, politica, e jet-set internacionais. A imprensa acompanhou o antes, durante, e depois, freneticamente, dando lugar até a alguns excessos de especulação sobre os vencedores. Recorde-se que na primeira edição foram atribuídas as migalhas de bronze, prata, e ouro, respectivamente a TheOldMan, Aviz, e Desejo Casar. O prémio do público foi atribuído ao desBlogueador de conversa. A edição deste ano promete ser ainda mais grandiosa e estão preparadas muitas surpresas ao longo de todo o mês de Março. It´s showtime.

Os bloscares 2003 podem ser revistos aqui.












This listener has gone to heaven


Poucos momentos tem um gosto especial. A vida, ao que parece, é formatada de forma a tornar pequenos momentos imprevisíveis em cheiros, visões, e deliciosas viagens ao passado. Hoje, de manhã, ao acordar, nunca me passaria pela cabeça que acabaria o dia a tirar o pó a um pequeno disco laser, para de seguida soltar prazeres extremos como “Debaser”, “I bleed”, ou “Caribou”. Para bom entendedor, meia palavra basta.








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