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quarta-feira, abril 28, 2004


Os nossos meninos


A selecção nacional defrontou hoje a sua equivalente do país dos “Ken”, naquele que foi o último jogo de treino. Ora, mais uma vez, os portugueses vão de certo levantar a sua voz de queixume. Eu, contrariamente à maioria, acredito nos nossos meninos. Na primeira parte vi aquela que é, provavelmente, a equipa mais próxima da que vai disputar o campeonato. Está quase afinada, sabe jogar em conjunto, tem bons criativos e executantes. Na segunda parte, entrou em campo todo o nosso jardim infantil que, embora possa valer como equipa no futuro, ainda está muito verdinha. Os miúdos deixam-nos com um bom banco para pequenas alterações durante os jogos. Faltaram também jogadores como Costinha, Deco, Ricardo Carvalho, e Paulo Ferreira, do meu clube rival mas que a partir de Maio passam a ser também “meus” jogadores. Saliento mais uma vez com vários traços a sublinhar: Acredito na selecção. As outras equipas dos jogos de treino levaram os feijões. Agora, vamos lá buscar uma taça.





terça-feira, abril 27, 2004


Pequena contribuição para os estudos da Charlotte


Deveria ser permitido substituir a palavra autocarro por altocarro. Esta segunda versão não só facilita os movimentos da língua no interior da boca, deixando-a dançar livremente sem ser mordida, como a própria palavra faz todo o sentido em ser usada. Realmente, é um carro mais alto que os outros.






Música e letra


Através da caixa de comentários acabo de descobrir um dos blogs mais belos que já visitei. Uma amenidade tocante misturada com a dança entre as palavras e os sons.





segunda-feira, abril 26, 2004


Foi tão bom para vocês como foi para mim?


A partir deste post os bloscares vão desaparecer no limbo dos arquivos. É aproveitar, última oportunidade em promoção. O trajecto inicia no fim do blog e vai subindo. As caixas de comentário, mesmo as que dizem estar em zero, são talvez a melhor parte da brincadeira. Um dia das mentiras onde muita verdade pairou no ar.






A mim não me enganam


A Vodafone, na sua nova publicidade televisiva, tenta impingir-nos a ideia que significa tanto para nós como o nosso pai. Então gostaria de saber porque razão continuo a ter de pagar as chamadas, e o porquê de nunca me terem insultado com um “olha o menino da Vodafone!”.






Post tardio


Dei a minha primeira entrevista de sempre. Foi publicada pelo Rotflol. Daqui à capa da Lux é um tiro. Curiosa esta frase: Daqui à capa da Lux é um tiro. Soa a “quando vou à Luz só me apetece dar um tiro. Pois. O mais importante não é vencer. E eu já ando com discurso de Sportinguista … Estamos bem, estamos... Já me deitava, não?





domingo, abril 25, 2004


A melhor de hoje


Foi estar a ver um directo a partir do hotel onde se encontrava a equipa do Porto, o jornalista anunciar "o grande circo mediático ali montado", e a minha mulher a sair-se com esta: "Exacto, já está cheio de palhaços".






Citação politicamente incorrecta para o dia de hoje



"People demand freedom of speech to make up for the freedom of thought which they avoid."

Soren Aabye Kierkegaard (1813-1855)






25 de Abril



Abril é mês para se andar com muito cuidado. Descobri recentemente que Abril é o mês do rebentar das árvores. Daí que durante este período do nosso calendário evite tudo que seja matas, jardins, ou parques florestais.

Ainda de notar que o vigésimo quinto dia deste mês é particularmente igual aos Pixies: sempre!






When your face turns red


Gosto igualmente de dar e receber. Não, o meu aniversário não está próximo, e o Natal ainda tem um Verão e um Outono para ultrapassar. Claro que se aproxima o dia da criança e todos os meus leitores sabem da minha perdição por LEGO, mas isso agora não interessa nada. Durante um mês recebi muito da parte do Rotflol. Os moços deste animado blog investiram na promoção dos “bloscares” mais do que eu próprio, anunciando, entrevistando nomeados, acompanhando diariamente tudo o que se passava. Da parte deles recebi muito, mas quando foi a altura de dar falhei. De dar a conhecer a estreia deles no mundo da comédia. Enquanto eles preparavam e anunciavam o seu “stand-up” eu olhava os grandes calhaus das terras altas da beira. No momento em que eles subiram ao palco, eu atirava paus na praia para contentamento e regalo de um Labrador incansável. Venho pedir-lhes desculpa, mas só agora soube da notícia. Desejo-lhes a maior sorte e quem sabe não estarei presente da próxima vez. Para eles, um abraço.





quarta-feira, abril 21, 2004


Revelações de um novo mundo


Para falar verdade, sempre me considerei uma pessoa mais à esquerda, excepto no trânsito em que me assumo como centro ou direita. O mundo dos blogues veio mudar a minha forma de olhar as cores e apresentou-me algumas surpresas. Talvez a grande diferença não esteja na cor política, mas sim nas pessoas. A verdade é que a maior parte dos meus blogues preferidos são de, ou de pessoas que assumem simpatia para com a, direita. Os blogues mais à esquerda, na sua maioria (existem excelentes excepções à regra) espalham tanta demagogia no que escrevem, tanto facilitismo de opinião, tanta previsibilidade, que já brinco o jogo de adivinhar o que escrevem antes de lá entrar, actividade de resultado positivo alcançável sem esforço, contudo desinteressante. Porque para exercícios desta categoria chegam-me os telefilmes da TVI, os quais se tornam minimamente úteis ao garantirem um adormecer rápido numa noite de insónia. Quem sabe a minha ideia sobre a esta televisão não estará também errada. Quem sabe não podemos aprender com a estação de Queluz que, para citar mais um exemplo, revelou-se necessária na avaliação de uma outra opinião, generalizada, que dita que a direita tomou conta dos media. Então como explicar o Jornal Nacional? É que o tom é igual ao dos blogues de esquerda. Estamos sempre a aprender.






Breve momento de demagogia (a.k.a. exercício de esquerda)


A Câmara Municipal da Amadora colocou nos últimos meses cartazes a anunciar “mais segurança”. Qual será o valor do aumento? Seis por cento?





segunda-feira, abril 19, 2004


Dignas


Enquanto estive a olhar as estrelas, trouxe-me, o vento, murmúrios longínquos do que se passava no mundo. Parece que a situação no Iraque está cada vez mais descontrolada, que um jogador do meu clube foi apanhado pela polícia no mesmo estado que é habitual estar em campo, e que o novo líder do Hamas apenas foi digno da cadeira de rodas do anterior por alguns minutos.

Vendo bem, e com a mente mais atenta, animada pela sabedoria do sul, as únicas notícias dignas de destaque são os aniversários bloguisticos (actualizem-se dicionários). Uma aqui, e outra ali.





domingo, abril 18, 2004


Em tons de verde, amarelo, e castanho


Por vezes é necessário voltarmos ao Alentejo, para nos lembrarmos que existem estrelas, e da nossa pequenez.





terça-feira, abril 13, 2004


Candura


Eis-me aqui novamente, chegado de terras lusas, porém altas, e agora novamente nivelado com este Tejo que tão linda luz espalha por Lisboa. Venho de uma lareira sempre acesa a 777 metros de altitude, do ladrar dos cães vadios que todos alimentam, dos cafés onde o bilhar não é o bilhar. De uma terra em que os jogos do Benfica são vistos na casa com o mesmo nome, onde as tradições se mantêm, os jovens querem sair, os velhos sentam-se a ver passar o tempo. Volto à metrópole, felizmente, por pouco tempo. Estes dias foram de estar nas partes altas do país. Agora preparo-me para descer. Para o cheiro a maresia, os sapos que se fazem ouvir debaixo de um grande manto de estrelas, das palavras escritas debaixo de uma árvore, dos livros abertos e esquecidos na mão. Vou para onde o tempo passa mais devagar, entre o olhar a planície e um prato de migas.





quinta-feira, abril 08, 2004


Duas décadas de intimidade


Íntima fracção comemora 20 anos.
Parabéns!






O melhor brinquedo que se pode ter, 2



Master Builder Set, 670 peças, lançado em 1971






O melhor brinquedo que se pode ter, 1



Nasci, e cresci, como filho único. Ser o único representante da classe das crianças no interior do meu agregado familiar, de classe média, permitia-me ter todos os brinquedos só para mim. O reverso da medalha era brincar a sós, logo, a minha melhor amiga sempre foi a imaginação. Mas mesmo a imaginação mais inventiva encontra obstáculos em certo tipo de brinquedos.
Os Action Force (a.k.a. G.I.Joe), divididos em duas facções militares opostas, proporcionavam algumas horas de prazer até ao momento em que um dos lados perdia. Nessa altura talvez Deus ainda estivesse presente na minha vida, pois alguns inimigos ressuscitavam miraculosamente a fim de permitir que a brincadeira se prolongasse por mais uns minutos. As pistas de automóveis, colocavam os carros miniatura a fazer jogging, uma vez que corriam sempre sozinhos e nunca iam perder ou ganhar. Os comboios tinham uma certa graça mas tantos círculos causavam-me náuseas. Achava que já não tinha idade para os Masters do Universo, e os Famobil (actualmente conhecidos como Playmobil), na altura, assemelhavam-se a brinquedos de meninas.
Mas, uma marca de brinquedos, criou uma lenda, inventando peças de várias cores e formas que se encaixavam umas nas outras. Essa marca, chamava-se Lego. Qualquer brinquedo da Lego, permitia encaixar-se de mil e uma formas, e o desenho da caixa rapidamente mudava para outras configurações, muitas vezes indefinidas. Depois, os brinquedos juntavam-se. De todas as caixas que iam chegando a minha casa, as peças contidas no seu interior juntavam-se às irmãs num grande saco. A imaginação, tornava-se então o único limite. No chão do meu quarto foram construídas cidades, bases lunares, pistas de corridas, aeroportos, heliportos, hospitais, estádios de futebol, monstros, estações de serviço, lojas, parques de diversões, e muito, muito mais. O meu quarto, foi quase sempre um portal para outros mundos, novas dimensões, muitas histórias. Viagens, descobertas, vitórias, amores, histórias de sucesso e insucesso, graças à marca de brinquedos que desde 1916 anima os tempos livres da pequenada. Cada vez menos, é verdade, mas isso já é outra história.

(A continuar)





quarta-feira, abril 07, 2004


Pesquisas Google mal paradas, 1


Pesquisa por: Origem do louro.

José?






Agora sim, é de vez!


Eu sei, eu sei. Escrevi, dois posts atrás, que encerrava o assunto dos Bloscares. Mas não posso, para já. Esqueci-me que o Nuno Costa Santos do defunto Desejo Casar após um convite para uma entrevista, acedeu amavelmente responder. O Desejo Casar foi um dos incontornáveis, um blog que fica na memória de todos (quem sabe até ao seu regresso) pelo seu conteúdo variado que vários excelentes autores ali deixavam. Afirmei muitas vezes que, para mim, o Desejo Casar eram três pessoas: o Tiago Rodrigues, o Luís Filipe Borges, e o Nuno. Que me perdoem os restantes escribas, e já agora que me perdoem o Tiago e o Luís (também excelentes) mas o Nuno sempre foi o meu preferido. Pelo sorriso, a boa-disposição, uma ternura que não se explica e apenas se sente nos olhos da outra pessoa, e por partilhar o meu optimismo quanto ao matrimónio e à construção de uma vida a dois (depois a três, a quatro, etc). Continuam a escrever. O Borges no Causa Nossa, e os três no Stand-up. Mas, e não me perguntem porquê, sabia melhor quando o era no blog dos casadoiros. Mesmo assim, é sempre preferível a não poder lê-los de todo. Aqui vai a entrevista, absurda, como se quer num blog absurdo como este, feito por um absurdo escriba como eu:

Origem do Amor: Nuno, na primeira edição dos Bloscares foste premiado pelo colectivo Desejo Casar. Este ano estás nomeado como blogger individual. O que significa para ti, ser Nuno?
Nuno Costa Santos: Significa não ser Miguel ou Ricardo, nomes que os meus pais também consideraram.


OA: E Costa Santos?
NCS: O meu avô materno ficaria triste se só assinasse com Santos (e, em todo o caso, poupa-me às confusões com alguém que tem a angustiante tarefa de procurar um mistério chamado serviço público de televisão).

OA: Existe mais algum nome que desconhecemos e que envolva em si algum significado especial?
NCS: Vasconcellos e Sá Berkeley Bernardes Albuquerque Burnay. Só escondo estes nomes por modéstia.

OA: Para finalizar a questão dos nomes. Ferreira diz-te algo?
NCS: Não. Mas Diniz, sim.

OA: Voltemos aos blogs. Como nasceu a vontade de Casar?
NCS: Como tantas outras vontades anteriores – de querer juntar um grupo de pessoas, bastante diversas entre si, para escrever e publicar uns textos.


OA: Porque se perdeu essa vontade?
NCS: Simples: o Desejo Casar, tal como foi imaginado no início, deixou de fazer sentido. O fulgor perdeu-se e o blog deixou de ter razão de ser. Enquanto estiverem por aí, os blogs devem manter a sua verve.

OA: Foram 10 meses de um matrimónio muito activo, que despertou o interesse de muitos leitores. Foi um casamento feliz?
NCS: Sim, aconteceu-nos mais ou menos o que queríamos. O blog viveu, como nos disse uma leitora, a diversidade de situações e sentimentos por que costuma passar um casamento.

OA: Qual a tua posição quanto à Guerra dos Sexos e à ocupação da mulher?
NCS: Acho que sim.


OA: Se pudesses convocar uma manifestação por telegrama, seria para?
NCS: Me emprestarem ou venderem o último CD dos My Morning Jacket, que ainda não encontrei na FNAC.

OA: Darias a cara numa manifestação a favor dos telegramas?
NCS: Sim, têm um sabor antigo e essencial.

OA: Estás nomeado para o prémio de melhor blogger. Achas que … esquece. Olha lá, no outro dia foste comigo ver o nosso Benfica jogar na nova Luz. A certa altura o Benfica marcou. Porque razão te levantaste e gritaste golo?
NCS: Tenho por hábito festejar milagres.

OA: Achas que tenho futuro como entrevistador?
NCS: Sim, mas tens de repensar a escolha dos entrevistados.

OA: E como auxiliar de sistemas informáticos de rega?
NCS: Desculpa mas há matérias que exigem outro tipo de reflexão.


OA: Para finalizar, onde estavas no 25 de Abril?
NCS: A bater à porta para sair (nasci uns meses depois).

OA: E em 17 de Junho?
NCS: No mesmo sítio. Gritava que nem um doido.

OA: 48 de Setembro?
NCS: Já estava cá fora (em liberdade condicional, pois).





terça-feira, abril 06, 2004


Aviso


Hoje é o dia de anos da minha mais que tudo.
Hoje não estou para mais ninguém.
Até amanhã.





segunda-feira, abril 05, 2004


Fecho


Utilizo este post para fechar definitivamente os bloscares deste ano. Este assunto volta à baila em Março de 2005. Para fechar em beleza, aconselho a visita a um antigo texto da Ana que foi uma pérola na decisão de a qual das meninas atribuir o prémio final. O próprio post é uma pérola, principalmente para quem tem filhos (e não só).






Kurt Cobain (1967-1994)


Dez anos atrás, um rapaz de 18 anos entra em casa de um primo, e olha para o televisor. O resto da família, ouve desatentamente a notícia e ignora-a. O rapaz, porém, sofre o seu primeiro choque de sempre ao receber a notícia da morte de uma figura internacional. Esse rapaz era eu. Com aquela morte precoce, senti que morria também um pouco. Não. Eu não tinha tendências suicidas, não desejava o consumo de drogas duras, não ambicionava subir a um palco frente a milhares de pessoas e, embora tivesse uma banda, não sonhava tornar-me uma Rock Star. Então porque também morri um pouco? Porque aquele som, naquele tempo, fazia simplesmente todo o sentido. Não me refiro a sentido musical, mas sim a uma forma de estar. Não a de Cobain, mas a da sua música. Depois tudo foi mudando. Uma época foi ali enterrada, naquele mesmo dia.

Hey
Wait
I've got a new complaint






Ontem foi um dia bom


Fui convidado para ser o padrinho do meu sobrinho que se prepara para vir ao mundo. Como é sabido, ser padrinho não representa apenas ajudar a deitar água na cabeça do rebento e oferecer uma prenda grande no dia do baptizado. Ser padrinho significa um acto de confiança por parte dos pais da criança que, na possibilidade de um dia deixarem de estar presentes no mundo (bater na madeira três vezes), colocam na nossa mão a responsabilidade de assegurar o futuro da criança. Ou seja, convidaram-me para ser o segundo pai. Pela primeira vez na vida senti-me velho. E gostei.





domingo, abril 04, 2004


Um longo texto para um grande agradecimento


Afinal, o que foi a segunda edição dos Bloscares? Uma palhaçada absurda? Um fiasco desprovido de graça? Uma estratégia que visava apenas a angariação de novos leitores como acusou o Daniel? Pura diversão egocêntrica do autor deste blog? Tentativa de divertir os outros?

Tentei analisar a frio os resultados inesperados do evento, e cheguei à seguinte conclusão: Os Bloscares foram uma festa. O objectivo principal da entrega dos prémios sempre foi óbvio para mim: Divertir-me e divertir. A minha diversão prende-se com toda a preparação, desde a procura de ideias como a da manifestação do bloco de esquerda; a pesquisa e a preparação das imagens que irei associar a cada parte da cerimónia; horas percorrendo a minha lista de Itunes tentando alcançar “aquela” música; percorrer todos os meus blogs preferidos (e não só), relembrando textos passados, temas recorrentes, polémicas antigas, por forma a atribuir os prémios gerais: Exemplo: o prémio jornalístico Cadbury ao Joel Neto, uma forma de homenagear o prazer gozado ao ler as suas aventuras no Qatar rodeado de chocolates. As antevisões, a criação do trailer, as brincadeiras de software a mudar o conteúdo de capas das revistas cinematográficas, nomear, planear. Preparar e fazer os bloscares transforma-se no passatempo de fim-de-dia, e passeiam no interior da minha cabeça, ao volante do automóvel, descontraidamente sentado no café, deitado na cama entre uma notícia de jornal ou um artigo de revista.

Depois, divertir os outros. Todos (penso eu) gostamos de fazer rir os outros. Todo o esforço é aplicado nesse sentido e no dia da verdade chego quase a sofrer com a possibilidade de não divertir ninguém, do sem graça, ou até que alguns dos prémios sejam mal interpretados.
Depois, os prémios em si, a maior parte atribuídos a blogs conhecidos e mediáticos, o que provoca algumas acusações de protagonismo. Obviamente, ninguém faz humor com o assessor de um membro do Governo, um jornalista desconhecido de um jornal de província, um estudante do 10º ano da escola local. O humor, não necessita de ser entendido por todos, mas o tema sobre o qual se debruça deve ser do conhecimento geral da maior parte dos destinatários. Alguns prémios deixaram-me hesitante, como o Prémio Carlos Tavares da Silva atribuído ao Blasfémias, um duplo caso bicudo, que pode obrigar alguns a pesquisar o nome da pessoa, outros a atribuírem ao prémio um significado desfasado da intenção original. Por outro lado, cada vez menos tenho disponibilidade, e para falar verdade, vontade de pesquisar e visitar novos blogs, e uma vez que aqui entrei há praticamente um ano, os meus blogs diários são aqueles que todos nos habituámos a conhecer.

Voltemos ao inicio, ao tema da festa. Era já esperada a diversão do antes e depois, os comentários que alguns blogs que “entram” no jogo inventam, gerando devaneios imaginativos e deliciosos como os posts que a Ana publicou. Diga-se de passagem que a Albergaria é responsável pela análise à cerimónia que mais dores crónicas nas zonas estomacal e maxilar me provocaram. Donas e donos de blogs capazes das mais intelectuais e acertadas análises sobre variados assuntos do quotidiano nacional e internacional aproveitam este “escape” para descontrair e mostrar o refinado humor que possuem. Isto prova que se divertiram e, principalmente, que também gostam de divertir.
Os comentários no blog representaram nesta segunda edição um papel determinante e inesperado. “Um chat” chegou a chamar-lhe a Papoila. Ainda hoje, percorrendo as várias caixas de comentários, é possível provar um pouco do divertimento que aqui reinou durante duas horas, em directo. Ficámos aqui “pregados”, contagiando-nos uns aos outros com as tiradas que cada um inventava. Os beijos que o Nelson recebia, os pedidos gastronómicos impacientes das várias mesas, os apupos, os biquínis, os túneis secretos. Foi tal a animação que as caixas de comentários mais antigas do blog ficaram baralhadas (muitas apresentam o número zero mesmo com entradas no seu interior). Só visto, ou para ser mais certo, só lido.

Para finalizar, as acusações feitas por alguns de apenas pretender protagonismo. Poderia dizer que não me afectam, mas estaria a mentir. Claro que me irritam profundamente. Mas asseguro que o objectivo não é, e nunca será esse. Muitos dos blogs não agradeceram os prémios atribuídos, e não pode, nem deve, surgir alguma crítica da minha parte. O gozo está em dar, não em receber. Para ser sincero, os grandes aumentos do contador de visitas assustam-me redondamente. Nessas alturas é quando menos escrevo, face àquilo que só pode ser um bloqueio provocado pelo medo de me sentir obrigado a continuar num patamar mais elevado que o habitual. Quando o blog, ou o contador, anda mais calmo, eu próprio me sinto mais descontraído. Os aumentos das visitas são claramente provocados pela menção nos vários blogs que por aí escreveram sobre este assunto. Mesmo não sendo obrigado a tal, quero retribuir, e a seguir deixo aqui a lista de todos os que mencionaram a cerimónia, comentando, inventando, dando os parabéns, criticando, acusando, ou agradecendo. Espero não esquecer nenhum, e caso tal se verifique, escrevam-me.

A todos, muito obrigado:

rotflol, TheOldMan, Iss' agora...!, cravo e canela, Mar Salgado, O bRaNcO dO CéU, 100nada, Cruzes Canhoto!, desBlogueador de conversa, papoila consulta ..., bomba inteligente, Docedaavozinha, homem a dias, Adufe.pt, 1979, Posto de Escuta, desp@chos, Janela Para o Rio, nortadas, ad libitum, O Vilacondense, A Vaca Louca e Seu Badalo, A Hora do Mocho, Um dia na vida de..., O meu blog, Fumaças, Conversa na Travessa, Crónicas Matinais, Memória Virtual, Voz do Deserto, e a todos os que deixaram as suas palavras nas várias caixas de comentários.





sexta-feira, abril 02, 2004


A Ressaca


Rebentam os comentários, os agradecimentos, os discursos, os alegres, e os azedos, depois de noite de tanta emoção. Aqui o organizador, necessita de um pequeno descanso. Volto na segunda para contar tudo o que se passou na noite de ontem e ainda se passa durante o dia de hoje.

Mas não podia deixar de vir aqui. Para dar os parabéns à Charlotte que festeja um ano de blogosfera, e à Catarina que celebra quarenta primaveras.

Muitos parabéns às duas e que as festas sejam de arromba.





quinta-feira, abril 01, 2004


E é assim, como diz um bom português


Para o ano há mais.
Obrigado a todos!







Anel de Ouro


E o Bloscar vai para:
Dicionário do Diabo







Anel de Prata


E o Bloscar vai para:
Crónicas Matinais







Anel de Bronze


E o Bloscar vai para:
Bomba Inteligente







O momento mais esperado



De seguida entregam-se os anéis. Bronze, Prata, e o cobiçado Ouro.






Homenagem


Agora, fora de brincadeira. Durante todo o ano de 2003 muitos foram os blogs que nos deixaram, as palavras que não mais voltaram, momentos de agradável leitura transformados em memórias. Não vou aqui mencionar esses blogs porque podia ficar algum lamentavelmente esquecido. Quero no entanto homenagear um, que partiu para sempre, e que ainda hoje me emociona. O homem partiu, ficaram as palavras. Veneno eficaz






E o Bloscar vai para:


Ana Albergaria







Melhor Blogger (elas)


E as nomeadas são:
Ana Albergaria, por Crónicas Matinais
Carla Hilário de Almeida, por bomba inteligente
Claire Lunar, por little black spot
IMia, por Loja de 300
Papoila, por papoila consulta…
Rita Ferro Rodrigues, por No Parapeito






E o Bloscar vai para:



Pedro Mexia







Melhor Blogger (eles)


E os nomeados são:

Alberto Gonçalves, por homem a dias
Francisco José Viegas, por Aviz
Nuno Costa Santos, por Desejo Casar
Pedro Mexia, por Dicionário do Diabo
Ricardo de Araújo Pereira, por Gato Fedorento
TheOldMan, por TheOldMan






Breve momento de variedades









E o prémio do público vai para: (entrega Nelson Santos)


Papoila Consulta...







Prémio do Público


Os três blogs mais votados foram:

Blogotinha
Bomba Inteligente
Papoila Consulta...

Já a seguir ... quem das três venceu o prémio do Público






Prémios Sortidos


Aqui estão os prémios gerais. É caso para dizer: quem lhe veste a pele, leva com um prémio:

Prémio Clara Pinto Correia - Posto de Escuta

Prémio Mas afinal o que é que eles têm? - Barnabé

Prémio Os mais mentirosos - Desejo Casar

Prémio Atenas 2004 - Bomba Inteligente

Prémio Vou acabar com o blogue - 100Nada

Prémio Rua da Judiaria - Aviz

Prémio Aviz - Rua da Judiaria

Prémio Jornalístico Cadbury - Não esperem nada de mim

Prémio O Abafador - Causa Nossa (recebe Vital Moreira)

Prémio Caguei - O Meu Pipi

Prémio Esquizofrenia - TheOldMan

Prémio D. Quixote de La Mancha - Terras do Nunca

Prémio Carlos Tavares da Silva - Blasfémias

Prémio Murphy Brown Fan Club - Glória Fácil

Prémio Divulgação - Rotflol

Prémio J-sus - Crónicas Matinais

Prémio 1 de manhã / 1 ao deitar - Xupacabras

Prémio Guiness Book of Records - Fora do Mundo

Prémio Terry Zwigoff - Homem a dias

Prémio Irmã Lucia escutando Wasp - Voz do Deserto

Prémio Colombo ao Domingo à tarde - O vento lá fora

Prémio O Escorregadio - Dicionário do Diabo

Prémio A festa - Blogotinha

Prémio Google Markl - Desblogueador de Conversa

Prémio Sabedoria - Diário de 8 Mac Users

Prémio Pastilha para o enjoo - Mar Salgado

Para finalizar,

O vencedor da bicicleta - Daniel Oliveira






BLOSCARES 2004









It's Showtime!


A cerimónia está prestes a começar. Todos já se encontram sentados nos seus lugares (excepto o Daniel Oliveira que insiste querer ficar no lado esquerdo da sala), as câmaras estão prontas, milhões de espectadores encontram-se sentados em frente aos ecrãs de televisão, as nomeadas exibem os seus sorrisos Colgate enquanto assassinam mortalmente a concorrência. Ricardo de Araújo Pereira insiste em correr feito louco em cima do palco lançando gargalhadas maquiavélicas, o Alberto Gonçalves foi à casa de banho pela 5ª vez, e Pacheco Pereira insiste em dissertar sobre as diferenças entre esquerda e direita embora ninguém lhe preste atenção. Charlotte pensa ter tropeçado no vestido, Papoila olha para o tecto e assobia. O pano vai ser levantado. Tudo está a postos.






Flash Interview 5




- O Desejo Casar acabou??? Mas...






Flash Interview 4




- O Barnabé ganhar o melhor blog?
Por favor, eu estava a tentar manter uma cara de seriedade!






Flash Interview 3




- Venho agradecer pessoalmente o apoio que os blogs portugueses deram ao meu filme, principalmente aqueles que nem o viram antes.






Flash Interview 2




- I waje alwayje a big fan of the blojecareje.






Flash Interview 1




- Espero encontrar o Morgado Fernandes, e mostrar-lhe um seio.






Manifestação obrigada a dispersar








Bloco de Esquerda fura regra


Estavam de todo proibidas as manifestações convocadas por SMS durante o evento dos Bloscares. O Bloco, com a sua mania de guerrilha, furou esta regra e está a manifestar-se à porta do Kodak. Desordeiros, como sempre, estão não só a desrespeitar o que se pediu como já se notaram alguns excessos da parte dos manifestantes. Aqui podemos ver quando, há alguns minutos atrás, descarregaram a desnecessária fúria no carro de Pedro Mexia que aqui o deixou ontem de forma a mais facilmente chegar a casa depois do evento. A policia já foi chamada.







Dificuldades no acesso ao local


Está a tornar-se muito complicado chegar à cerimónia. Embora fosse esperado um grande afluxo de público interessado em ver de perto “os famosos” nada nos levava a prever uma afluência desta dimensão. As limusinas estão um pouco atrasadas uma vez que a polícia está a montar um “corredor” de passagem através da multidão. Para os que ainda estejam interessados em deslocar-se até esta zona aconselha-se o uso do metropolitano ou simplesmente a pé.







Chegaram as entremeadas e os torresmos para os convidados!








Chegaram os Bloscares!








Afinal não era mentira


Falta uma hora para tudo começar. Os nomeados e nomeadas (com umas gramas de unhas a menos) já saíram do hotel e dirigem-se aqui para o Kodak Theatre que como podem ver já está pronto a receber a cerimónia:



Durante a próxima hora não perca as imagens que antecedem a hora B (dos Bloscares) e os “Flash Interviews” aos famosos que fizeram questão de estar presentes naquele que já é considerado o mais importante evento mundial da blogosfera.






Hoje, a partir das 21:00h











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